Um vôo cancelado no Rio de Janeiro, um atraso na conexão em Lisboa e de repente eu estou no Heathrow, terminal 2, Londres, Reino Unido! Será que eu fico feliz ou desesperada?! Afinal eu estou sozinha e a pessoa da agência responsável em ir me buscar não estava ali...
Bem, como diria nossa amiga Holly Golightly: “Uma garota não pode receber uma má notícia sem estar de batom!” então, direto para o banheiro tirar essa cara de avião e pensar no que fazer – ligar para a agencia! (ninguém atendeu) e ligar para o Brasil! (ninguém atendeu também).
Ah! Eu já mencionei o frio que estava fazendo?! E que ainda eram 17h e já estava tudo escuro lá fora?! Pois é... A solução foi pegar um táxi, cab, e lá vou eu direto para Finsbury Park, London Rock St, 12.
A minha sorte foi a motorista do táxi, sim era uma mulher, linda, chic, perfumada! Como todas as mulheres dessa cidade inclusive! E que simpatia! Quantas gentilezas, ela ficou me perguntando sobre o Brasil enquanto me mostrava os “points” pela janela do carro... ficou até preocupada quando eu disse que estava lá sozinha e que não conhecia ninguém! Foi aí que eu percebi que eu estava segura, que se todas as pessoas fossem assim, a viagem seria perfeita.
E assim foi! A educação, a humildade, e a animação dos londrinos facilitaram muito as coisas. Como esse povo gosta de dar uma informação e bater um papo, como eles são receptivos e prestativos!!! Eu fiquei impressionada! Pedido de desculpas então era a todo minuto... Sorry! Sorry! Excuse me, please! Sorry!
Passeio na London Eye
Já os franceses... são um pouco diferentes! Aproveitei que já estava por ali e fui para Paris passear de trem (Eurostar) direto da St. Pancras Station para a Gare du Nord, atravessando o Canal da Mancha. Aproximadamente duas horas de viagem, muito confortável, depois, lá estava eu começando um fim de semana dos sonhos!
St. Pacras externa e interna e Gare du Nord interna
Com exceção do albergue (Lê Dartanghan) que era bem afastado do centro histórico fazendo com que eu perdesse umas boas horas andando de metrô, o que no final foi bom porque eu descobri estações belíssimas e outras bem abandonadas (com cheiro ruim inclusive).
E como o tempo era pouco, segui um roteiro turístico básico (aquele que todo mundo deve fazer!): a Torre Eiffel, mais desejada; o Louvre, com a Mona Lisa decepcionante de tão pequena; uma caminhada pela Champs-Èlysées até o Arco do Triunfo; D’Orsay, com os Monet, Van Gogh, Renoir, Cézanne, Manet etc; o Centro Cultural George Pompidou e sua estrutura aparente, a missa de domingo da Catedral de Notre Dame (o momento mais emocionante) e as Galerias Lafayette em liquidação!!
Louvre e D'Orsay
De volta a “capital do mundo”... Não adianta, são os ingleses que lançam as tendências, que ditam os padrões, e comportamentos. É onde está a Rainha, onde surgem as melhores bandas de música, os melhores atores e arquitetos. Onde esbarrar com indianos, japoneses, espanhóis, italianos etc é super normal. É lá que tudo acontece!
O Soho com os teatros, restaurantes e boites gays animadíssimas; Notting Hill com os cinemas alternativos, os pubs de Camden Town, a feira de Covent Garden aos domingos, o Centro Cultural Barbican com as milhões de diferentes atividades!!! Além das lojas da Oxford Circus, todos os museus (importante mencionar, os melhores tem entrada gratuita!), todos os parques, a Leicester Square com as luxuosas premierers, como a de “Valkyrie” (é... eu também vi o Tom!) e por último, porém não menos importante, o famoso e melhor transporte público de todos: o underground – “mind the gap!” – capaz de te levar a todos e mais inusitados lugares e estações com um preço ótimo e toda a segurança possível.
Soho e Heaven com direito a show da Lily Allen
Até a “mão inglesa” tem seu charme (para atravessar com segurança é só ler no chão para que lado olhar), os dias nublados (que foram raríssimos) e a neve, ótima desculpa para matar aula e ir brincar no parque!
Por fim, não posso deixar de mencionar sobre a arquitetura, o impressionante “contraste harmônico” entre as construções antigas e novas, os clássicos prédios vitorianos ao lado dos panos de vidro dos edifícios comerciais contemporâneos – uma mistura perfeita!
Ed. preferido do Woody Allen e vista da janela da National Gallery
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